quinta-feira, 14 de julho de 2011

Caminho da Luz



Caminho da Luz
Durante todo o percurso do Caminho da Luz, fragmentos de mica e cristais emergem do solo, proporcionando-lhe um brilho especial. A luz do Caminho está presente também na extensa amplitude de visão e grande luminosidade que são descortinadas nas cordilheiras do horizonte sempre que, durante a caminhada, um vale é deixado para trás.
O Caminho, que é todo sinalizado por setas, marcas amarelas e placas indicativas, tem início na cidade de Tombos (conhecida como Portal de Minas), a 383 quilômetros da Belo Horizonte – capital do estado de Minas Gerais, e termina no Pico da Bandeira. São quase 200 quilômetros percorridos pelas montanhas de Minas em sete dias de caminhada (ou em menos, se de bicicleta ou a cavalo), passando por fazendas centenárias, matas, cachoeiras, santuários e antigas estações ferroviárias. A rota é carregada de um magnetismo que fascina a todos aqueles que têm uma sensibilidade aguçada, pois sua força telúrica abre inúmeros portais energéticos, os quais atiram os caminhantes numa viagem que ultrapassa a barreira do tempo.
Ao peregrinar pelo Caminho da Luz, temos a impressão de que estamos viajando juntamente com os índios, tropeiros, religiosos, pesquisadores e aventureiros que se embrenhavam pelas matas da região em busca do ouro, das pedras preciosas e das terras férteis que, ainda hoje, guardam importantes tesouros naturais e arqueológicos.

Carangola
Ao deixar Faria Lemos, o caminhante passa pelo Córrego do Inhame e pela Fazenda das Palmeiras, iniciando, então, a subida da Serra dos Cristais, assim denominada devido à abundância de tais pedras no leito da estrada. Chegando a 600 metros de altitude, podem ser avistados Tombos, Catuné, Pedra Dourada e Carangola, além do belo trecho da Serra de Caiana que será percorrido no dia seguinte.
Ao descer a serra, o caminhante passa pelas Fazendas Reunidas São Pedro e é acompanhado pelo rio Carangola, que deu nome à próxima cidade de pernoite, a qual está situada a 399 metros de altitude e é a maior da região. Conhecida como a Princesinha da Zona da Mata, Carangola tem Santa Luzia como padroeira em virtude de uma graça alcançada, em 1856, pelo Cel. Antônio Carlos de Souza, que, quando estava cortando uma pedra de moinho, teve seu olho atingido e lesionado por um estilhaço. Devoto de Santa Luzia, o Coronel prometeu que, se alcançasse a cura, proporia ser a santa a padroeira de Carangola. A graça foi alcançada e esta pedra de moinho encontra-se exposta no Museu Histórico e Geográfico da cidade, que possui um expressivo acervo, especialmente no que se refere a utensílios, restos de cerâmica e tecidos moles de povos indígenas encontrados em sítios arqueológicos no município.
Na porta da Igreja de Santa Luzia Albino Neves patrocinou uma escultura de 2,30m de altura esculpida pelo escultor Afonso Barra onde se vê um peregrino deficiente visual solicitando as benção da Santa. A escultura foi doada pela ABRALUZ a Igreja e o termo de doação foi entregue por Albino Neves nas mãos do Bispo Dom Hélio Gonçalves Heleno e do Pároco Antônio Feliciano Teixeira (Pe. Toninho).  Durante a inauguração do Monumento ocorrida no dia 13 de dezembro de 2010, dia de Santa Luzia, o Padre Toninho, pároco de Carangola, ao lado do Bispo de Caratinga Dom Hélio Heleno Gonçalves anunciou que o Papa Bento XVI reconheceu a Igreja como sendo um Santuário, local de indulgência, de peregrinação.(*)
A cidade possui belos casarões do final do século retrasado e início do século passado (os quais podem ser vistos nas Ruas Pedro de Oliveira e Santa Luzia), bem como a Casa de Caridade de Carangola, construída em 1907, e a Igreja Matriz de Santa Luzia, localizada em frente à Praça Cel. Maximiano, cujas palmeiras imperiais presenciaram mais de um século de história. Além de possuir comércio diversificado, várias agências bancárias, bons hospitais e um horto florestal que anualmente produz milhares de mudas nativas para o reflorestamento da região, Carangola encanta por suas belezas naturais, como o Morro da Torre, a Gruta de São Bento, as cachoeiras do Bambu Amarelo e do Boi e o Vale do Papagaio.
A cidade abriga também um campi da Universidade do Estado de Minas Gerais.
As regiões de Conceição, Papagaio, Serra dos Limas, Galdina e Suiça, Parada General, Morro da Torre, São Bento, Borboleta, São Manoel do Boi, Córrego do Galo, Aterro Grande e Ponte Alta são propícias à pratica do Mountain Bike, cicloturismo, alpinismo, rapel, cavalgada, turismo de vivência, turismo rural entre outras.
(*) Em Carangola, na porta da Igreja Santa Luzia (reconhecida pelo Papa Bento XVI como Santuário, local de indulgência como Santiago de Compostela), a ABRALUZ patrocinou através de seu Presidente Albino Neves uma escultura de Santa Luzia abençoando um peregrino deficiente visual, que também homenageia todos os peregrinos deficientes físicos. A escultura mede 2,30m de altura e é uma obra do escultor Afonso Barra.

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